Conflitos nas cidades
Com o crescimento
da população nos espaços urbanos é nítida a desigualdade nas
cidades. Foi para os espaços urbanos que a população migravam em
busca de emprego e melhores condições de vida, principalmente da
região nordeste, porém esse modelo de cidade ficou insustentável
uma vez que se concentrou um número maior de pessoas em um espaço
limitado, diante desses fato é impossível que não exista conflito
nas cidades.
Se
por um lado o crescimento econômico gera riqueza, esse crescimento
nas cidades gera informalidade, desigualdade, segregação, pois não
é um crescimento que não consegue contemplar a todos. Qualquer
cidade está sujeita conflitos por espaços, localização e isso diz
respeito as relações sociais.
Como cresce a informalidade o papel do trabalhador é deturpada, é
muito comum observar que é dado aos trabalhadores rótulos,
principalmente nas grandes cidades onde os espaços são composto por
favelas onde a classe baixa da população que se aglomeram naqueles
espaços por não ter condições de ir para outros lugares. Porém
quando se fala em favela acredita-se que lá só exista bandido e
esquece-se que lá moram trabalhadores, família que lutam com
dignidade para seu sustento.
Sem
contar que é um erro terrível achar que o tráfico ou a violência
exista apenas nas favelas ou que quem promove esses eventos são a
classe baixa, muitos da classe média são quem usa e financia o
tráfico.
“O declínio figura do trabalhador cidadão que se move no espaço
público, centro da cidade moderna, faz reemergir, em sua
contraposição, a figura do inimigo interno e da privatização da
experiência, marcada por fronteiras urbanas a vigiar e bandidos a
combater”
Muitos
desses trabalhadores foram para grandes cidades em busca de emprego
de uma condição de vida maior, porém a cidade não conseguiu
comportar um número tão grande de pessoas fazendo com que a classe
baixa da população se aglomerasse em favelas, lá elas construíram
suas famílias, criam seus filhos e tentar viver com dignidade, essa
que não chegam aos seus lares, pois existe uma negligência por
parte do Estado que não dá a assistência necessária para essas
comunidades.
O
que se observa é que esses espaços são dominados por facções
criminais, são eles que fornecem a essa comunidade o gás, gato net,
segurança. O que pode se observar é que quando o Estado falta essas
facções assumem esse papel, isso não significa que as famílias,
trabalhadores sejam conivente com a situação, porém essa é a
opção que resta, no meio de tantos conflitos, o Estado tenta
diminuir os conflitos.
As
unidades de polícia pacificadora seria o fundamento para
pacificação, são organizadas para agir em cima dos problemas, o
que deviria ser feito pelo Estado seria achar a causa do problema. O
conflito nas cidades crescem a passos largos, com o número crescente
de desempregos aumenta os territórios de pobreza.
Com
o aumento da violência as pessoas acabam sendo reféns em suas
próprias casas, sendo vigiadas vinte e quatro horas por câmeras de
segurança, constrói altos muros, arames farpados. O que se observa
é que diante de toda essa violência urbana existe uma
criminalização da pobreza.
O
conflito urbano está longe de acabar pelo contrário está cada vez
mais nítido os problemas enfrentados nas cidades, os trabalhadores
das periferias são marcados por tensão, politizar as mediações do
conflito urbano é uma urgência ao menos para tentar que não pode
ser tratada com negligência e descaso.
Referência
FELTRAN,
Gabriel de Santis
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